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Qual o impacto da menopausa na saúde mental?


Adriane Galisteu compartilhou recentemente com os seguidores nas redes sociais uma reflexão bastante íntima sobre sua experiência com a menopausa. A apresentadora desabafou que, muitas vezes, achou que estava enlouquecendo com as oscilações de humor. "Estava bem e, de repente, dá uma raiva. Uma coisa pequena, mas é uma explosão, é uma bomba atômica. Aí depois, dá um choro, uma tristeza, uma angústia, um negocinho aqui que dentro também que a gente não sabe explicar...Por que que será que isso acontece, gente?", questionou.

A menopausa é uma etapa natural na vida de todas as mulheres e é caracterizada por transformações hormonais substanciais que exercem impacto em várias facetas da saúde, inclusive a mental. Durante esse período, as variações nos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona podem desencadear uma série de sintomas que vão muito além do âmbito físico, exercendo influência direta sobre o equilíbrio emocional.

Entre os desafios mais frequentes enfrentados por elas está a instabilidade emocional. As oscilações têm o potencial de provocar mudanças de humor, irritabilidade e ansiedade, afetando significativamente o bem-estar psicológico nessa fase da vida. Psicanalista e CEO da Plenapausa, uma uma empresa que visa levar informação, cuidado e tratamento para mulheres, Márcia Cunha, explica que os transtornos mentais não se originam diretamente de alterações hormonais, porém, podem ser consequências secundárias desse desequilíbrio, muitas vezes agravando os sintomas.

Essa associação é evidente no climatério, período em que hormônios cruciais para o corpo feminino declinam rapidamente, como o estrogênio e a progesterona. A diminuição de estrogênio no sistema nervoso central, por exemplo, afeta os neurotransmissores, desencadeando mudanças no humor, sono, libido, densidade óssea e saúde cardiovascular. Além disso, a progesterona exerce uma função ansiolítica, e sua diminuição pode intensificar a ansiedade nas mulheres”, diz.

Quando o estresse, ansiedade, alterações de humor e depressão são de intensidade moderada e não têm histórico anterior, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser uma opção benéfica, conforme indicado por psiquiatras. No entanto, a TRH não é para todas as mulheres. Nestes casos, os antidepressivos, especialmente os inibidores seletivos, podem ser prescritos, tanto para tratar questões de saúde mental quanto para aliviar os sintomas do climatério, como os fogachos.

"Muitas mulheres enfrentam dificuldades em reconhecer que não estão se sentindo bem e que precisam de ajuda. Antigamente, e até nos dias atuais, era estigmatizado para as mulheres admitirem que estavam passando pela TPM. É fundamental buscar apoio e dialogar sobre essas questões", destaca.


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Claudê Lopes

Baiano de Itiúba, radicado em São Paulo há mais de 30 anos. Repórter, Pesquisador Musical, Blogueiro, Produtor e Editor de conteúdo, Consultor Musical, Roteirista, Redator e Diretor de programa, Web Designer. @claudelopes70

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